
O PREÇO DE UMA HORA DE ATENÇÃO
Quando se tem uma rotina diária de sono de 4 a 5 horas em cada 24 horas do dia, com certeza cada pausa inesperada é incentivo a um cochilo.
No andar da carruagem as melancias vão se acomodando e também a preguiça estimulada pela relaxação da monotonia da estrada de chão, são um convite a um quebra-queixo.
Mesmo em estradas ruins, esburacadas observa-se a negligência de muitos exagerando da velocidade.
Querer chegar na frente dos outros?
Mas não é uma disputa, além do mais a estrada é longa e leva a vários locais, não tem como competir velocidade para quem chega em um lugar primeiro que outro, já que existem várias paradas.
Quem chega primeiro, aprende primeiro.
Erra primeiro.
Acerta primeiro.
Bem, quem for o primeiro, o pioneiro tem a obrigação de repassar o ensinamento aos demais. Seja positivo ou negativo.
Corre o risco que todo gênio passa, ou seja, ser chamado de louco, no momento e mais tarde chega o reconhecimento e; é chamado de gênio.
Os pioneiros não o são por acaso, esta escrito e eles trazem consigo uma bagagem especial que, a "moda candieiro" serve para orientar os que vão na estrada, sem rumo, sem orientação, precisando de um empurrão, se é que podemos dizer assim.
Na estrada da vida muitas vezes somos sondados a respeito do melhor caminho ou decisão a seguir, em síntese :o rumo certo.
Não é fácil aconselhar.
Cada um tem seu traçado, seu destino, e mesmo que siga para o mesmo lado a estrada é diferente.
Por detalhes, mas diferente.
Uma das melhores coisas ao longo da estada para quem vive nas gauchadas pelo litoral rio grandense, e ou, nas margens das lagoas é a fartura de peixe, crustáceos e de beleza natural, tudo associado a boa sombra, nas lagoas é claro, por que a praia do cassino, a maior em extensão do mundo é só areia branca, dunas e dunas e muita, muita água salgada.
Mas nas margens das lagoas é diferente.
Uma coisa tem que ser dita a presença da FURG, com seu curso de oceanologia estimulou e em muito as aplicações corretas para a conservação e melhoria do ecossistema de maneira abrangente. Como consequência temos uma natureza maravilhosa.
Marina surprende com uma pergunta...
Qual a diferença entre Oceanologia e Oceanografia???
Bem Não há nenhuma diferença. O Curso de Oceanologia da FURG foi criado em 1970 e na ocasião houve o entendimento que o termo Oceanologia era o mais adequado para expressar o objetivo pretendido de formar um profissional para estudar o mar. No entanto, o termo Oceanografia, já usado naquela época para designar o estudo do mar em vários países da Europa e nos Estados Unidos, e adotado pelos demais cursos de graduação que foram criados posteriormente no Brasil, acabou consagrado e hoje é amplamente utilizado no mundo. Por tradição a FURG segue mantendo a mesma denominação adotada quando da criação do seu curso, já que a Lei 11.760, de 31.07.2008, que regula o exercício da profissão de Oceanógrafo, não faz distinção entre os egressos da FURG e das demais instituições que oferecem curso de graduação neste domínio do conhecimento.
Repassado o que li no papiro da FURG...voltamos
Mas a que me referi no início e acabei por viajar mentalmente ao longo da lagoa dos patos, é o fato de que nos meses de janeiro, fevereiro o camarão esta à farta, siri nem tanto.
Sempre vem nas redes peixes pequenos, mas nós andarilhos temos a facilidade de conseguir peixe de alto mar, por exemplo hoje estamos preparando um belo ensopado com atum.
"EspeTRÁCULO", molho bem grosso com cebola seca frita no azeite de oliva, tomate, pimentão vermelho e verde, e muito cheiro verde.
Bem mas o encarregado do peixe e do molho é o Jéca, é o jéca, não é ZÉCA, não.
A Etelvina vai fazer o arroz e a massa com camarão.
Não vou me fazer de bonito, que de ninito não tenho nada e vou fazer um sacrifício de fazer um braseiro e assar uns camarão... temperado com pimenta do reino, alho e sal, servido com gotas de limão e para acompanhar dois goles de vinho e um de água mineral, e para não fazer mal... sem gás.
Enquanto isso a roda de chimarrão esta formada.
Roiano me chama para uma 'charla' em particular.
Ele e todos sabem que não gosto de ser apartado do grupo e ir para esconderijo conversar.
Discretamente tomamos acento em duas cadeiras de praia, aquelas que são de alumínio e de forração de naylon, plástico ou sei lá que material é aquele, só sei que me lembra uma tenda de circo... colorida.
Sentamos e conversamos baixo, de maneira discreta sobre a sua preocupação.
Na real ele queria partilhar um assunto que a muito debatemos... família.
Tempo para a família, tempo para trabalhar, benefícios, etc.
Roiano foi surpreendido pelo filho de 4 anos, e ficou muito preocupado segundo ele Thiaguinho o esperava, sentado a porta do furgão, que estava afastado do seu trailer alguns metros.
Roiano me disse que o filho, com voz tímida, os olhos cheio de admiração, perguntou a ele:
-Pai, quanto o senhor ganha por hora?
Roiano num gesto severo responde:
-Escute aqui meu filho, isto nem a sua mãe sabe. Não me amole, estou cansado!
Mas o filho insiste:
-Mas papai, por favor, diga quanto o senhor ganha por hora?
A reação do Roiano foi menos severa, e respondeu:
-Três reais por hora.
-Então, papai, o senhor poderia me emprestar um real?
O Roiano cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
-Então, essa era a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá para o trailer dormir e não me amole mais!
Já era noite alta, quando o Roiano começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado.
Talvez, quem sabe, o filho precisasse comprar algo.
Querendo aliviar sua consciência doída, foi até a cama do menino e, em voz baixa, perguntou:
-Filho, estás dormindo?
-Não, papai! Thiago respondeu sonolento e choroso.
-Olha, aqui está o dinheiro que me pediu. Um real.
-Muito obrigado, papai!
-disse-lhe Thiago, levantou-se e retirando mais dois reais de uma caixinha.
-Agora já completei, papai!
-Tenho três reais.
Poderia me vender uma hora do seu tempo???
Claro que os olhos do Roiano, paisano de boa charla, estava lacrimejando, para não dizer chorando mesmo.
Não tenho vergonha de dizer que sou emotivo e estava à beira de aflorar a emoção pelo fato.
Não tivemos mais tempo, pois começaram as cobranças por causa do camarão que espetado faltava só eu colocar no fogo. Ficamos no silêncio, trocamos uma olhadela e nos juntamos ao grupo.
No caminho Maristela me pede um minuto...precisva de orientação para um banho.
BANHO DE ABRE CAMINHO
MATERIAL:
- ALFAZEMA (ERVA OU ESSÊNCIA).
-MEL.
-15 PÉTALAS DE ROSAS VERMELHAS E 16 AMARELAS.
-UMA MAÇÃ fatiada em 5 partes.
-1 VELA VERMELHA.
-1 VELA BRANCA.
PROCEDIMENTO :
Prepare este banho fervendo 2 litros de água, quando levantar fervura desligue o fogo e coloque os ingredientes, tampe por 15 minutos,até que fique na temperatura desejada para jogar no corpo, do pescoço para baixo.
Enquanto isso ,acenda a vela vermelha ao lado da água para seu banho , oferecendo a Maria Padilha.
Tome seu banho normal de higiêne.
Após, coe e guarde as pétalas que devem ser secas e guardadas durante 14 dias em local discreto.Após jogar em um local comercial bem movimentado.O restante do material deve ser descartado em um jardim.
Tome seu banho do pescoço para baixo,após acenda a vela branca lambuzada com mel,deixe queimar por 7 minutos fazendo seus pedidos a IANSÃ .
Após umedeça as pontas dos dedos e apague a vela . Repita essa operação sempre no mesmo horário,e deixe queimar por 7 minutos até o final da vela.
O braseiro estava formado e como a noite começava a se aproximar os companheiros haviam colocado várias achas na volta, já pensando em espantar os mosquitos quando a madrugada chegasse.
Mario trouxe a chapa e a velha panela de ferro para aproveitar o braseiro e fritar uns peixe-rei.
A conversa organizada ficou de lado e o assunto é um pouco de tudo, com a ordem de descontrair, mas com certeza a situação Roiano e Thiago, vai render...
Cal pegou seu violão e dedilhou mais ou menos isso...
Faz bem com certeza.
E-mail:rakaama@vetorial.net <==> Site: www.vetorialnet.com.br/~rakaama http://rakaama.blogspot.com/
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