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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Semana Curta















SEMANA CURTA

Não sei se é por causa da proliferação das igrejas evangélicas que a cada dia, que passa verificamos que a cultura imposta pela igreja católica referente a datas festivas estão sendo só para utilidades do comércio, e muito, mas muito pouco mesmo para a reflexão religiosa.
A semana santa, cheia de dogmas e mistérios esta resumida a feriadão, comércio de pescados, ovos de chocolate.
A questão é de Jesus, o Cristo ter dado a vida para purificar os pecadores: nós, os outros, mas nada adiantou pois continuamos pecadores e, necessitamos ser batizados, para a aceitação do sacrifício dele, crismados para confirmar novamente, jejuar, orar e pagar.
Os evangélicos idem, pois criticam a igreja católica e usam a Bíblia cristã, forjada por Roma em benefício próprio como palavras santas.
Pioram mais as coisas quando usam do velho testamento para justificar fatos de exclusão, submissão das mulheres, gays, etc.
Gritam que se rasgam todos, para um Deus surdo?
Ou para não deixar a coerência entrar pelo canal auditivo?
Não sei. Só lhes garanto que daqui a alguns anos nenhuma criança saberá o que foi semana santa.
A não ser feriadão com mortes, mortes e mortes.

Gerivaldo tinha marcado um horário para conversar comigo e já estava chegando na minha barraca.
Prezo muito a pontualidade.
Nos cumprimentamos como de costume, a moda gaudéria fronteiriça, embora eu seja bicuíra.
De pronto e sem mirongas fui esclarecendo ao xirú que quando um caminhante tem dúvida de procedimento quando da troca de casa religiosa ou de nação, sempre defendo a ideia que mesmo que seja na mesma casa ou com a mesma mão da troca de nação ou uma adaptação de alguma entidade que reina em uma nação e não em outra, devemos continuar até um período determinado mantendo obrigações, agrados, oferendas e rituais idênticos os que eram feitos, principalmente se fazem mais de sete anos, e os axés mantinham uma 'certa' rotina, e com essa rotina as entidades que servem de intermediários criaram um vínculo.
Romper esse vínculo seria danoso para as entidades, e acredito que para o elemento humano que perderia de maneira brusca uma ligação que passaria a ser diferente sem ele próprio, o homem estar adequado.
Acredito que toda e qualquer transformação, mudança requer não apenas preparação, mas também um período de adaptação e consolidação dos elementos para que possam então agirem de maneira una.
Alguns procedimentos são muito importantes como limpeza e fortalecimento do ori, e agrados para entidades envolvidas.
Aconselho a executar um banho de limpeza, principalmente o banho de água de pipoca, que tem como finalidade neutralizar energias oriundas de Kiumbas, Eguns e limpa a aura de larvas e vibrações grosseiras tanto de nível material como espiritual.
Mas sempre que fizemos o banho convém que se ofereça um ebó para as entidades que estarão vinculadas.
Gerivaldo, escrevia tudo que eu falava.
Avisei então que de maneira mais pausada iria descrever como executar uma série de trabalhos que ele poderia fazer mesmo que na semana santa, pois o vínculo com as entidades nossas não podem ser perdidas por regras demagógicas do cristianismo, sem fundamentos reais, por medos, temores oriundos de elementos que fizeram um verdadeiro sacrilégio com a doutrina oriunda da Ásia.
Nos cabe dar seguimento, orientando e principalmente eliminando tabus, preconceitos, medos e regras que eles criaram para nós.
O correto é: eles não se envolvem conosco e nós não nos entreveramos com eles. E tenho dito!!!
Anote:
BANHO DE PIPOCA
Este axé como já disse, elimina larvas de energias pesadas, de doenças espirituais, obsessores, mão ruim.
A pipoca deve ser preparada sem sal e sem gordura. Seca.
Deve ser feita na medida de quatro mãos de pipoca estralada de quem for tomar o banho, ficando em quatro litros de água fervida, quente o suficiente para tingir bem a água.
A pipoca deve ser coada e separada para ser despachada com a oferenda para Xapanã. Para isso faça um pacotinho depois da pipoca seca.
Se na hora do banho estiver a água fria pode aquecer até o ponto desejado ou deixar esfriar.

OFERENDA A XAPANÃ:
Aquecer em uma panela de ferro a areia da praia seca, em seguida deitar os milhos de pipoca que a medida que forem estralando serem retirados e colocados em um alguidar.
Observa-se nesse caso que só as pipocas aberta, chamamos de flor de Obaluaiê, portanto só elas serão aproveitadas para enfeitar o prato oferecido a ele.

O prato de Xapanã-Obaluaiê consta de lentilha com linguiça de porco, enfeitado com rodelas de cebola, e deburu. Deita-se azeite de dendê sobre o ebó que deve ser velado com vela de sebo ou vela de parafina grossa branca.
Como envolve mudança, transformação, nada mais adequado que fazer um agrado para Nanã e para Omulu, senhor do cemitério.
AGRADO PARA NANÃ:

Nanã come arroz com couve, enfeitado de canela em pau, e cravo da índia, deita-se sobre o ebó azeite doce.

AGRADO PARA OMULÚ:

faz-se uma feijoada completa com 7 elementos de porco multiplicado por 2, enfeita-se com uma laranja cortada em quatro gomos sem separa-las.
Não podemos esquecer que antes do axé devemos ofertar as entidades subalternas, nesse caso Exu Caveira, que servirá como elemento de limpeza das kizilas.

OFERENDA A EXU CAVEIRA:

Em um alguidar lavado com cachaça coloca-se farofa de dendê, e sobre ela um bife de porco, limpo e passado no dendê, enfeitando o prato com rodelas de cebola, e pipoca.
Convém ressaltar que o   banho é só do pescoço para baixo, e a pessoa não deve secar-se e sim deixar que a água que pode ser aquecida a uma temperatura ambiente e adequada, escorra por si só do corpo e a pessoa deve colocar uma roupa clara, ou pelo menos evitar o preto e o vermelho.

Descansar, e se for possível lambuze uma vela com mel e acenda para seu ORI dizendo 7 vezes: ori eu te chamo, e passe os dedos lambuzados do mel no alto da cabeça perto do redemoinho.
Os axés devem ser despachados em uma campina limpa.
A água do banho deve escorrer pelo ralo para quem tem banheiro ou colhida em uma bacia e despejada na rua.

Mariana que escutara boa parte das informações que passava para seu primo perguntou se poderia aproveitar para ela, pois á dias andava com fortes dores de cabeça, arrepios pelo corpo, cansaço, desânimo... tudo de bom, né...
Concordei, seria bom mas que precisaria depois ela fazer um axé de fortalecimento.
EBÓ PARA FORTALECER A CABEÇA:

MATERIAL :
-UM PEIXE COM ESCAMAS.
-OITO MOEDAS ATUAIS.
-OITO MOEDAS ANTIGAS.
-500 gs DE CANJICA BRANCA.
-UM PRATO.
-ALFACE.
-AZEITE DE OLIVA.
-DUAS VELAS BRANCA.
-DUAS VELAS VERMELHA.
-1 OVO DE GALINHA DO SEXO DA PESSOA.
-AZEITE-DE-DENDÊ.
-TRÊS FOLHAS DE MAMONA.
-FARINHA DE MANDIOCA.
-UM PUNHADO DE PIPOCA.
-UM PUNHADO DE MILHO DE GALINHA.
-TRÊS BATATAS INGLESAS,PEQUENAS,MACHO.
-UM VINHO BRANCO SECO.
-UMA TAÇA DE VIDRO BRANCA.

PROCEDIMENTO:
Cozinhe a canjica branca em quatro litros de água, deixando a canjica bem cozida e a água bem toldada para leitosa. Essa água após a canjica ser coada deve ser aproveitada para seu banho de fortalecimento.
Forre o prato com as folhas de alface, após lavadas e secas. Reserve 2 punhados de canjica e coloque o restante dentro do prato sobre as folhas de alface.
Após coloque o peixe aberto sem vísceras no prato e recheie-o com as moedas e os dois punhados de canjica.
A parte, faça uma bandeja forrada com folhas de mamona.
Coloque sobre ela uma farofa feita com farinha de mandioca, dendê e as vísceras do peixe que devem ser limpas e secas, mas não cortadas apenas misturadas a farinha, misturando com milho de galinha assado e pipoca.
Enfeite o prato com as três batatas inglesas que devem ser cozidas e levemente douradas com casca e tudo.
A farofa é totalmente seca.
Passe simbolicamente o ovo, após coloque junto com as batatas no prato do exu.
Arreie em seu peji ou em local reservado.
Acenda uma vela vermelha e ofereça a farofa para o sr Marabô, após 10 minutos acenda a vela branca e ofereça o ebó para Iemanjá.
Quando servir para a Iemanjá sirva o vinho para o sr Marabô.
Quando for entregar não precisa acender vela no local se quiser pode acender uma branca para cada uma das entidades antes de sair e deixe a vela queimando em local seguro. Nunca deixe a vela para orixás sem um castiçal ou um pires.
Se quiser acender no local de despacho proceda normalmente, primeiro para ele e depois para ela.
O vinho deve ficar ao lado, aberto e nunca derramado.

ARRIAR: Peji ou local reservado.
DIA: Sábado.
HORÁRIO: 12 horas.
LUA: Menos minguante.
DESPACHAR: Beira de praia ou campina.
DIA: Sábado.
HORÁRIO: 18 horas.

BANHO PARA FORTALECER O ORI

 A água da canjica utilizada para o axé de Iemanjá deve ser aproveitada para fazer seu banho, porém, coloque 4 colheres de sopa de mel claro.
Acenda uma vela vermelha enquanto realiza o banho, após o banho apague a vela com as pontas dos dedos úmidos e quebre a vela em duas partes para ficar três pedaços.
Coloque junto com o ovo.
Procure relaxar por alguns minutos. Coloque um roupa clara e acenda uma vela lambuzada com mel, em local acima de sua cabeça.
Aproveite os dedos lambuzados e passe na sua cabeça no local do redemoinho.
Deixe essa vela branca queimar até o final.

Bem não sou de ferro e o fato de ficar explicando esses axés a volta fica cheia, a ponto de confundir encarnados e desencarnados.
Dei de mão no chimarrão, sorvei uns dois, e restabeleci a ordem mental.

Geneci, anda muito acabrunhada e eu aproveitei que já estava entreverado nos ebós, feitiços, agrados, banhos e etc e tal, e aconselhei ela a fazer um agrado simples mas muito importante para Iemanjá, aproveitando também a água do cozimento da canjica para realizar um banho de fortalecimento de ori

OFERENDA PARA IEMANJÁ :

-500 GRS DE CANJICA BRANCA.
-4 OVOS CASCA BRANCA DO SEXO DA PESSOA FAVORECIDA.
-8 COLHERES DE MEL.
-COCO RALADO AÇUCARADO.
-1 VELA SETE DIAS BRANCA.
-1 VELA BRANCA DE 30 CM.
-2 COLHERES DE SOPA DE AZEITE DOCÊ.

PROCEDIMENTO :
Coloque a canjica a cozinhar com no mínimo de 3 litros de água. Deixe a água ficar bem toldada e adicione o mel.
A parte cozinhe os ovos, após descasque-os.
Coe a canjica e separe a água deixando a temperatura agradável para derramar em seu corpo inclusive na cabeça.
Coloque a canjica em uma tigela branca, enfeite com os ovos e coloque por cima coco ralado.
Antes de acender a vela para Iemanjá que é a de sete dias, acenda a vela branca de 30cm para o Exu Tiriri Lanã.
ARRIAR: Peji ou local reservado.
LUA: Menos minguante.
HORÁRIO: 18 horas.
DIA: Sexta-feira.
DESPACHAR: Após terminar a vela sete dias.
LOCAL: Campina ou beira de praia.

É estranho o efeito que as energias fazem nas pessoas.
Enquanto eu conversava, Márcia realizava mentalmente os orikis da Iemanjá, e as energias das entidades começaram a envolver a Geneci, que para felicidades de todos começou a mudar a fisionomia.
O sucesso do axé estava garantido até mesmo antes de executar.
A sintonia homem-entidade vibra com a boa vontade, fé e o respeito aos antepassados.
Sim respeito aos antepassados, pois quem eram as figuras que víamos se mover colocando suas mãos de energias em cada um de nós enquanto conversávamos?
Não. Não era Iemanjá, nem Xangô, ou outro Orixá, eram sim, sem dúvidas entidades em evolução trabalhando e imantando com a energias dos orixás, em nome deles, com as vibrações deles, mas não a entidade propriamente dita.
A regra é clara: NÃO IMPORTA QUEM FAZ,TEM QUE SER fEITO.


O cheiro da gordura da costela pingando no braseiro de chão, alerta ao esTROmago, que a hora da bóia se aproCHima.
Os companheiros vão se dispersando para ficar ao lado de suas famílias e juntos se reunirem com as demais no centro do acampamento onde esta sendo assada a carne, e os panelões de caldo verde e o carreteiro de charque de carneiro estão sendo cozidos e infestando o ambiente com o gostoso cheiro das comidas. Por falar em carreteiro de charque, as gurias das lojas de flores pediram para que eu fizesse uma bandeja para Ogun Xoroque, para seu Zé Pelintra e uma para as Marias, Mulambo, Padilha E Quitéria.
O objetivo delas é firmar mais as vendas de flores, principalmente os arranjos.
Aquilles que também mexe com comércio, embora seja de carros me pediu se podia em pouco tempo passar a ele como fazer esses ebós, esses agrados pois lhe interessavam.
Bem... as tripas estão tipo:... desfile de motoqueiro chapadão, muito barulho, sem sair do lugar.
Mi, trouxe para mim unS peixe rei frito, e uma guampa com vinho tinto bordô... que perdição, meeeeeuuuuu deuzinho.

Bem, mas entre um peixinho e outro, entre dois golaços e mais dois golaços de vinho passei a receita para o Aquilles.

AGRADO A OGUN XOROQUÊ :

-300 GRS DE GRÃO DE BICO.
-300 GRS DE FEIJÃO BRANCO.
-300 GRS DE FEIJÃO VERMELHO
-300 GRS DE FEIJÃO CARIOQUINHA.
-300 GRS DE ERVILHA.
-300 GRS DE SOJA.
-300 GRS DE SEMENTE DE GIRASSOL.
-300 GRS DE AMENDOIM DESCASCADO.
-300 GRS DE CANJICA AMARELA.
-300 GRS DE CANJICA BRANCA.
-300 GRS DE ARROZ BRANCO.
-300 GRS DE MILHO DE GALINHA ASSADO.
-300 GRS DE REPOLHO VERMELHO PICADO.
-300 GRS DE COUVE MANTEIGA PICADA.
-300 GRS DE SALSA PICADA.
-300 GRS DE BATATA INGLESA PICADA E COZIDA.
-300 GRS DE CENOURA PICADA E COZIDA.
-300 GRS DE BETERRABA PICADA E COZIDA.
-300 GRS DE BATATA DOCE PICADA E COZIDA.
-300 GRS DE MAÇA PICADA.
-7 OVOS CASCA BRANCA COZIDOS E DESCASCADOS.
-1 CACHAÇA EM GARRAFA DE VIDRO.
- AZEITE-DE-DENDÊ.

-UM ALGUIDAR GRANDE SUFICIENTE PARA O AXÉ.
-FOLHAS DE ALFACE PARA FORRAR O ALGUIDAR.
-7 MOEDAS ANTIGAS ,DOURADAS.
-7 VELAS AMARELA.

PROCEDIMENTO:
Cozinhe: juntos o grão de bico, o feijão branco, o feijão vermelho, o feijão carioquinha, a ervilha, a soja, canjica amarela, canjica branca e cozinhe separado o arroz branco.
Após cozida deixe escorrer.
Em uma bacia coloque os grãos cozidos, o amendoim descascados, a semente de girassol, o arroz, milho de galinha assado, repolho vermelho picado, couve manteiga picada, salsa picada, batata inglesa picada e cozida, batata doce picada e cozida, cenoura picada e cozida, beterraba picada e cozida, maçã picada.
Forre o alguidar com folhas de alface, e coloque a salada mista dentro.
Enfeite com os ovos e no centro faça uma flor com o centro do pé de alface, coloque as sete moedas e regue as moedas com mel e os ovos e o restante da salada com dendê.
Procure arriar dentro de seu peji ou local reservado, deixando as velas queimarem até o final.
Deve ser executado o arreio na terça-feira e despachado na quinta, sabendo que na quarta deve acender as velas.
A cachaça fica ao lado e quando for despachar que deve ser em um cruzamento de linha de trem e de rolagem, você deve quebrar a garrafa em honra ao rei maior: Salve quem pode mais, salve meu rei Xoroque.
Aquilles todo faceiro com a receita do Xoroque e mostrava todo orgulhoso a sua guia, hoje uma imperial, mas ele sempre anda com a sua primeira guia desde 1975.

A sua guia é para usar cruzada no corpo por ser um OGÃ confirmado, ela é de contas médias, tendo 40 contas vermelhas opacas de subida e de caída 10 verde de vidro, 10 amarela de vidro e 10 branca de louça como separador tem búzio africano, na caída 7 contas de cristal, amarela, vermelha, verde, separando das contas vermelhas uma espada e um tridente de metal.
Não é igual a do Walter, pois ela ao invés do vermelho tem 20 pretas e 20 vermelhas, intercaladas e o Gumercindo tem as quarentas intercaladas em branco, preto e amarelo separado por contas de nossa senhora. O motivo é que o OGUN dele trabalha não com BARÁ como o de Aquilles, ou com EXUS como o de Walter. O OGUN dele trabalha com EGUNS.
Daí a diferença.

Jeremias, já dá um gritaço:
- "CACO ",vamos engraxar os beiços com a costela, mas antes dá uma dica para agradar o primo Zé Pelintra?
e as gurias da gira....?

Era só o que faltava, as tripas dando nó, o cheiro a milhaço e ele quÉ que eu dê diKa de agrado.?.!.?.

vai esperar eu engraxar os beiços,...a vai.
Buenas.

    E-mail:rakaama@vetorial.net <==> Site: www.vetorialnet.com.br/~rakaama       http://rakaama.blogspot.com/  

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