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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Bêbado Espiritualmente Lúcido























BÊBADO ESPIRITUALMENTE LÚCIDO

A caminhada pode se tornar árdua e penosa quando não desejamos sair do lugar.
Da mesma forma quando executamos tarefa que nos dá uma nítida impressão de que estamos fazendo o que deveria ser feito por outro, e, para complicar, realmente alguém simploriamente recebe os dividendos de nosso esforço.
A dias atrás Igbin me disse que faria determinada "coisa", e que se ninguém agradecesse ou reconhecesse o que ele estava fazendo com certeza ganharia alguns pontos no céu.
Bhá... não me indignei pelo fato dele querer reconhecimento dos homens, pois já é sabido a vaidade excessiva do elemento, mas querer créditos no céu...!?!?!?
O mormaço esta muito forte, embora seja verão, o fato de essa tal de "elmenina" ou coisa equivalente estimula o calor e as pancadas esparsas, esporádicas, mas violentas chuvas em volume, tendo como antecedente esse tempo por demais abafado.
O calor é tanto que faz suar os instrumentos guarnecidos pela bombacha, que embora de tecido fino e largona dá uma sensação de melação.
Em cima do lombo do cavalo ainda esta melhor que dentro do carroção.
Como basicamente vivemos entre lá e cá as margens da lagoa e do oceano Atlântico, dispensamos o uso da bota no verão e usamos alpargatas, chinelas e em muitas vezes pés descalços mesmos.
O chapéu de feltro de aba larga dá lugar para o de palha e para os menos ortodoxos até chapéu de, ih, ?crochê?.
Não importa, estar protegida a cabeça é fundamental.
Voltando ao Igbin,... embora ele acredite, e, pode até ter razão, eu prefiro pensar diferente, ele acha que o que faz de benefício aos outros, ou favores e ajuda diversas é por que ele é simplesmente bom, caridoso, etc.
Não, eu não penso assim e aconselho a cada um executar tarefas em benefício dos demais aceitando que esta fazendo o que deve ser feito. Não esperar agradecimento e muito menos premiação celestial.
Coisa que abomino de imediato essa coisa de céu e inferno.
Acredito sim que devemos executar o que sabemos e podemos quando necessário, para cumprir proveitosamente nosso movimento na engrenagem.
Será que quem esta recebendo embora haja indicação que esta recebendo algo que o faça de certa forma devedor, pode muito bem estar recebendo o que lhe é devido desde encarnações anteriores.
Viver essa vida como se fosse a primeira e a última, não faz minha cabeça.
Acredito em deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra, mas que eu, você, ele, nós e eles somos todos filhos Dele, feito a Sua semelhança e que só existe um caminho: o do livre-arbítrio para chegar a começar a entender alguma coisa.
Podem questionar o signficado e até dizer que não existe o livre arbítrio.Tá certo eu uso a expressão vontade própria ou direito de escolher ,e deu.
Somos ignorantes por demais para saber qual o sabor do coZido de lebre antes de ser servido e queremos sondar o insondável??
Pior. Nos acharmos em condições de receber méritos por nossos feitos.
Acredito que almas nobres evoluídas com as suas energias espirituais depuradas, possam encarnar em meio a aprendizes inquietos para ajudar na elevação.
Almas altruístas enganjarem-se em comunidades de reincidentes graves para ajudar a edificar a conduta para elevação, aprimoramento.
Mas duvido que almas nesse nível elevado de espiritualidade queiram méritos por seus supostos feitos.
Pelo menos desejo ardentemente que a postura seja de simplicidade e humildade.
Com certeza a vaidade é como rabo de cavalo, só cresce para baixo.
Mesmo que bonito como muitas intenções mesquinhas de vaidade disfarçada de bom samaritano.
Filantropo, dedicado, preocupado em servir, sentimentos que podem estar maquiados para um afloramento de pessoa vaidosa.
Aceitar que estamos ajudando alguém só por que somos bonzinhos para mim é muito mesquinho.
Acredito e difundo o fato de quem mais sabe, mais tem que aplicar o aprendizado.
Quem mais tem, mais tem que dar, mas com responsabilidade.
Não somos só credores somos devedores também e no mínimo responsabilidade seria cumprir o prometido, embora esquecido pelo véu da encarnação, da melhor maneira possível.
Lembrando sempre que colheremos, infalivelmente, aquilo que houvermos semeado.
Se estamos sofrendo, é por que estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas do passado.
Fique alerta quanto ao momento presente!
Plante apenas sementes de otimismo e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade.
Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou.
Como e quando????
O sol esta castigando demais a ponto de amolecer os miolos.
Vamos procurar árvores e encostar as carroças, dar de beber e comer os cavalos.
Colocamos as carroças encostadas as árvores para na sombra refrescarem do calor escaldante.
Ao lado uma clareira com pouco capim e muita areia branca, seca. Mais adiante a estrada e do lado oposto uma pequena vila onde podíamos avistar com clareza um bolixo de beira de estrada.
Alpendre, assoalho de madeira encardido.
Cachorro cheio dos calor ,língua de fora ... coçando as "purgas", e, lógico um pinguço tirando um cochilo sentado em um mochinho.
A rapaziada foi em busca de uma soda. A gurizada uma puxa-puxa.
As mulheres a busca de quem queira ler a sorte e alguns homens atrás de negócios por fazer, pois a oportunidade faz a hora ser.
O velho maragato de maneira matreira, cochilava e observava.
Julinho, já com seus 17 feitos foi tirar uma "onda" com o véio.
Ficaram de prosa um bom tempo. Tempo suficiente para que os demais se juntasse a Julinho e fizesse um círculo a volta do véio para escuta-lo.
Lisandro perguntou ao véio se ele acreditava em Deus, destino, e o por que de viver daquela maneira, um cochilo aqui, uma dorminhoca ali, sem casa, sem móveis ou qualquer tipo de conforto e para piorar com roupas velhas, apesar de ser visível que ele e as roupas velhas estavam limpos.
O velho suspirou...ergueu os olhos e começou a contar uma história.
...Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros.
As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
- E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! Surpreendeu-se o turista.
- Mas estou aqui só de passagem!
-Eu também... - concluiu o sábio.
A vida na Terra é somente uma passagem...
No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e esquecem-se de serem felizes."
não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual...
Somos seres espirituais passando por uma experiência humana...
A surpresa foi geral, e não era para menos.
Não presenciei o fato, pois estava preparando um axé para Iemanjá, pois embora a maioria só se lembre dela no dia primeiro do ano e no dia 2 de fevereiro, eu costumo presentear a deusa das águas salgadas no último sábado para a velha e o primeiro para a nova.
Coisas simples, mas que feita de coração vale muito para se estar energizado com a mãe de todas as cabeças, como por exemplo canjica branca cozida, dentro de uma metade de melancia e um cacho de uva enfeitando...
A Maria Augusta já estava com seu caldeirão fervendo, alimentado o fogão de campanha com madeira seca, o fogo estava no ponto.
O fogão consistia de uma chapa de ferro com 4 buracos, era apoiado por dois cavaletes de ferro, cavava-se um buraco colocava-se pedras que encontrava no local e por cima 10 paralelepípedos alinhados, que serviam de base para as lenhas não ficarem diretamente no solo pois era comum encontrar solo úmido.
Peguei um panelão e coloquei canjica branca a cozinhar. Em seguida levantou fervura e a panela destampada fazia sair o vapor.
Comecei a cantar suas rezas saudando a mãe de todas as cabeças.
As melancias já estava separadas em número de 4, todas grandes e arredondadas.
Abriria o meio e a gurizada já estava na volta. Abri todas as melancias a meio e retirei em gomos deixando só uma tira ao lado da casca.
Todos os gomos colocamos em um saco plástico e dentro de uma caixa de gelo.
Seria a festa da gurizada depois de tirar o agô, eles poderiam comer a vontade.
Rechear a melancia com canjica branca, cobrir com coco ralado e tiras de coco seco e flores azuis para enfeitar cada uma delas, totalizando 8 melancias.
As 18  horas, acender alternadamente uma vela azul e uma branca, no total de oito de cada uma, em forma de um círculo.
Dentro desse círculo flores azuis e branca servindo como toalha e colocar as melancias na volta, por dentro do círculo em cima das flores, apenas no centro será colocado o ofertório individual: pentes, brincos, colares, batom, cocadas, branquinhos, rosas brancas, lírios, uma vela de sete dias rosa no centro de tudo para homenagear Dominaru.
Claro caminhante, que antes já havia passado na chapa um bife de porco no dendê, dourado sete batatas inglesa macho e colocado em um alguidar oferecendo a Marabô.
Não costumo oferecer bebidas que contenham álcool para entidades elevadas.
Ofereço para os guardiões.
Perto do local aonde vamos arriar, e aí entra mais uma situação, não me preocupo em oferecer a Iemanjá seus ebós no oceano, embora em Rio Grande, minha querencia amada, tenhamos a maior praia do mundo em extensão, o Cassino.
A energia Iemanjá come onde nós a chamar.
O que importa não é a água salgada e sim nosso coração.
Como ia dizendo, perto de onde vamos arriar os ebós para Iemanjá de um lado, na grama fica o axé de seu Marabô e do outro mais distante ao pé de uma árvore morta ou muito velha vamos arriar um axé para as almas que morreram afogadas.
Vamos acender 9 velas de sebo, colocando no chão fazendo uma cruz, ao lado direito de cada uma das velas colocamos uma flor branca, de preferência crisântemo.
Circundando a cruz coloca-se deburu.
A noite começa a cair e se escuta os grilos.
O zunir e as 'picaduras" de mosquitos que se enfesam ao cair da noite.
Façamos uma fogueira, não apenas para clarear essa noite de lua minguante, mas para a fumaça espantar esses sanguessugas.

    E-mail:rakaama@vetorial.net <==> Site: www.vetorialnet.com.br/~rakaama       http://rakaama.blogspot.com/  


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