Atendimento

Atendimento



Confira as melhores mensagens de bem vindo:
[red]***[/red]

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Nova Velha Caminhada




















NOVA VELHA CAMINHADA



Bruna com os olhos atentos, brilhantes, como a adivinhar,  sondar, tentando descobrir o que se passava pela minha mente naquele momento de silêncio.
Mas era impossível descrever muito menos ela interpretar.
Comecei a recordar o sonho que me deixou com a purga atrás da oreia.
Lembro-me nitidamente ter saído pela rua Tiradentes em direção a Cristóvão Colombo, meu destino era claro: rua Dois de Novembro.
A poucos metros avistei Toqueno, um filho cabeça de Xangô.
Chamou-me para subir em um local que parecia uma arquibancada, no entanto, estava meio escuro, como se fosse fim de madrugada.
Subi na tal arquibancada e verifiquei que existia uma espécie de folia nos arredores, mas não conseguia distinguir em que local, com precisão.
O jovem Toqueno, desceu dos andaimes em que estava e misturou-se a um grupo de maltrapilho.
Sumiu de vista, mas foi em direção contrária onde me deu a impressão que seria a algazarra.
Quando percebi, estava na rua Dois de Novembro esquina Buarque de Macedo.
Esse entroncamento é muito conhecido por ser um local propício para axés desde Ogum, Barás, Iansãs e claro a todas entidades ecurins.
Me senti envolvido por uma grande farra, onde quem estava liderando, assim dizendo, era uma mulher negra, olhos castanhos escuros, sem sobrancelha, nem riscado estava.
Seios amostra, fartos, rígidos, bem desenhados, bem como todo seu corpo, embora percebesse as pernas, braços, com a percepção, já que não eram de todo nítido, só conseguia ter certeza real dos seios, olhos, boca e claro da língua que a moda serpente não parava de  lamber as pessoas que estavam na farra com ela, esticando e recolhendo como se fosse chicote.
Dançava sobre uma mesa arriada... embora com certeza os axés estivessem em um peji, ela materializou o axé a onde ela estava, na rua, no cruzeiro.
Junto a ela estavam duas mulheres que identifiquei como a Eledá e a Omi.
Percebi a presença do seu marido, o Zaze, ele estava não com sua mulher, Omi, mas sim com um homem, o Iremundo.
Tentei chamar a atenção dele, e da situação, mas fui impedido por um grandão, que embora magro mostrava em plena forma do seu vigor físico.
Ele estava envolvido em uma capa preta, não deixava demonstrar suas feições, nada, nada de sua figura por baixo da capa, que parecia ser inteira cobrindo rosto até os pés, mas leve, de tal maneira que a brisa e ao movimento pareciam totalmente solta.
Ele ponderava sobre eu querer chamar a atenção de Zaze e como resposta ou argumento, ele (Zaze), colocava que queria aquilo, precisava da situação e, com o consentimento da esposa.
Percebi que com a minha resoluta aproximou-se uma entidade com duas cabeças, uma de homem e outra de mulher.
Seu corpo não era nem masculino e nem feminino, ou melhor, parecia de um jovem de 14 anos, crescido antes da puberdade, sem definições físicas de órgãos externos que demonstrasse a sua sexualidade.
Mas as duas cabeças deixavam clara qual a escolha sexual.
Se aproximou do Zaze, abraçou e começaram uma dança frenética, a ponto de só visualizar uma única silueta.
Nesse período o meu envolvimento com a negra careca e mais algumas mulheres que estavam junto com ela, era quente ao extremo.
Quando consegui me desvencilhar observei que no cruzeiro que tem sete caminhos, partindo do centro estava uma mona de eke, arriando ebó, uma mesa muito bem montada, do seu lado uma entidade olhava para o grupo e dizia: é o preço da vaidade!!!
Estrondosa gargalhada se fez ouvir, e, o tamanho das entidades eram do chão até os postes de luz, cerca de 20, 23 metros.
No entanto embora o tamanho fosse exagerado as formas mantinham-se de maneira a não parecer aos olhos uma visão bizarra.
Observei que os cabelos da Eledá e de Zaze estavam caindo, em mexas, grandes cachos se despencavam e deixavam a mostra feridas abertas, de aspecto fétido, purulentas...
Me senti no centro do cruzeiro e olhei  para os sete braços de rua, e, um chamou-me a atenção por ter sangue, muito sangue e pedaços de membros, de corpo esparramado...  escutei como se o gargalhar estivesse saindo do final da via dos destroços, mas distante, muito distante.
Eu tinha a nítida sensação que um desastre estava para acontecer, e estavam nessa lista de prováveis o Zaze e família bem como o Toqueno.

Pior que quase que de maneira instantânea me lembrei do sonho que a Lelé teve, mas ela não identificava quem teria feito a transição, mas sabia que estava ligada a casa, e principalmente a mim.
Uma tossida me faz sair de minhas lembranças...
Não, eu não estava dormindo de olhos abertos, nem meditando em meio aos caminhantes.
Simplesmente, uma pausa.
Cerca de 21 pessoas estavam a minha volta.
O vento movimentava de leve as cortinas de cetim, dando um certo frescor ao ambiente.
Romilda, pequena moleca me pede uma histórinha... claro que não me faço de rogado e falo sobre algo muito importante que me lembrei por ocasião do sonho, sei que Romilda esta mais para brincadeira com seus primos do que escutar uma istólinha.
Mas, vamos lá...
Recebi uma missiva de um caminhante, que a muito observo a destreza com que ele separa o “joio do trigo”.
O texto que enviou para mim não descrevia o autor, que segundo ele é desconhecido, que foi um texto propagado pela internet, mas de qualquer forma, o mérito, o valor do conteúdo é maravilhoso e partilho com os caminhantes neste momento, claro, dei um toque diferente para adaptar a nossa realidade.

Na estrada de acesso a minha casa há um terreno com pasto de boa qualidade.
Dois cavalos são colocados lá pelo seu dono e ficam lá.
O dono, um rapaz magricela, sempre com o cigarro entre os dedos, não é de conversa, parece ser usuário de drogas, mas isso não importa agora. Mas, voltamos aos cavalos...
De longe, parecem cavalos como os outros, mas, quando se olha bem, percebe-se que um deles é cego.
Contudo, o dono não se desfez dele e arrumou-lhe um amigo, um cavalo mais jovem.
Se ficar observando, ouve-se um sino, um pequeno sino no pescoço do cavalo menor.
Assim, o cavalo cego sabe onde está seu companheiro e vai até ele.
Ambos passam os dias comendo e no final do dia o cavalo cego segue o companheiro até o estábulo.
E você percebe que o cavalo com o sino está sempre olhando se o outro o acompanha e, às vezes, para, dando condições para que o outro possa alcançá-lo.
E o cavalo cego guia-se pelo som do sino, confiante que o outro o está levando para o caminho certo.
Como o dono desses dois cavalos, Deus não se desfaz de nós só porque não somos perfeitos, ou porque temos problemas ou desafios.
Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham em nosso auxílio quando precisamos.
Algumas vezes somos o cavalo cego guiado pelo som do sino daqueles que Deus coloca em nossas vidas.
Outras vezes, somos o cavalo que guia, ajudando outros a encontrar seu caminho.
E assim são os bons amigos. Você não precisa vê-los, mas eles estão lá.
Vamo lá chiruzada amiga!!!
Por favor, ouça o meu sino. Eu também ouvirei o seu.
Vivam de maneira simples, amem generosamente, cuidem com devoção, falem com bondade… e confiem, deixando o resto por conta de Deus.
Foi grande a correria, mas as 21 horas estavam todos prontos e curiosos.
O corredor todo avermelhado recebeu 16 arranjos de crisântemos amarelos e brancos.
Os arranjos foram dispostos de maneira intercalada ao longo do corredor de 30 metros.
As fitas brancas e amarelas caindo até 60 centímetros do chão, já que foram fixados a 1m30cm de altura davam uma boa visão, contrastando com o chão todo forrado de esteira.
No fundo do corredor dando saída para o salão de buru- burus, totalmente enfeitado com balões amarelos, brancos e duas fileiras multicoloridos, estavam os convidados esperando, curiosos e loucos para que se abrisse a cortina que protegiam a entrada do peji.
Na sala que estavam, viam a porta protegida por uma cortina de seda branca, só durante a cerimônia eles poderiam entrar, mas se esperavam ver muita coisa... decepção.
A divulgação de um segredo o torna um elemento sem valor e ou com o mérito distorcido. Esclarecer um mistério o faz tornar-se mundano, vulgar, sem valor.
Fui interrompido de novamente por Cristiano que esta de aniver e quer dar um agrado a sua entidade, mas esta financeiramente no prego, sem pila.

Fazer agrado não denota o mesmo compromisso que fazer uma obrigação, principalmente falando sobre valores financeiros.
Muitas vezes uma entidade se empenha mais em uma demanda onde a pessoa oferece o que pode do que aquele que oferece o que sobra. Veja esse axé, esse ebó que é bem simples, mas que tem um grande valor vibracional,de troca quando feito com amor no coração ,olhe o exemplo para uma oiá.

MATERIAL :
-CANJICA BRANCA COZIDA.
-15 RODELAS DE PEPINO.
-9 FATIAS DE MAÇÃ.
-1 BANDEJA OU TIGELA.
-1 VELA BRANCA.

PROCEDIMENTO :
Coloque a canjica na bandeja. Disponha as rodelas de pepino na bandeja pelas bordas de fora, em número de 15, mas podendo usar mais como enfeite, ou toque diferente no prato.
No centro coloque as fatias de maçã em forma circular.
Deite dendê sobre os pepinos e mel sobre as maçãs. Acenda uma vela branca e despache no taquaral se não tiver peji, tendo deixe arriado por cinco dias, acendendo uma vela por dia.
..mas volto a prosa a respeito da cerimônia do casamento do “Agabi”...
Após os preparativos de praxe dos noivos, o primeiro a adentrar no corredor das ilusões temporárias, cercados por 16 arranjos de flores como predominantes, nas cores amarelo e branco  será o noivo acompanhado pelos padrinhos da noiva.
Na porta os padrinhos da noiva fazem pela primeira vez a pergunta que ira se repetir sete vezes:
Você “Agabi” deseja realmente oficializar o casamento com “Darome” diante seus Orixás?
Tendo o sim como resposta a madrinha segue a frente em direção a porta de acesso ao salão, acompanhada pelo noivo e atrás dele o padrinho.
Os padrinhos ficam atrás dele e ele na espera da noiva que deverá ter o mesmo procedimento, ou seja:
a  noiva acompanhado pelos padrinhos da noivo.
Na porta os padrinhos do noivo fazem pela primeira vez a noiva a pergunta que irá se repetir sete vezes:
Você “Darome” deseja realmente oficializar o casamento com “Agabi” diante os seus Orixás?
Tendo o sim como resposta o padrinho segue  a frente em direção a porta de acesso ao salão, acompanhado pela noiva e atrás dela a madrinha do noivo.
Ao chegarem ao noivo que espera, devendo estar a direita do corredor e a esquerda do salão, colocar-se-a a noiva no lado oposto e os padrinhos perguntaram a seus afilhados se realmente desejam ou não prosseguir com a união das entidades.
Nesse momento o guardião, um filho de Bará ou Ogun Avagã, e o sacerdote observam da porta que da entrada ao peji.
Respondida com sim, os padrinhos seguem na frente e os noivos atrás até a presença do que estiver na porta, servindo de guardião do portal, que perguntará aos padrinhos se os seus afilhados concordaram com os termos.
Tendo o sim como respostas os padrinhos entram no quarto santo, descalço e com os lenços na cabeça.
Antes de liberar a entrada dos noivos e entregar na mão do noivo um boque com 21 ramos de trigo o sacerdote pergunta se realmente eles tem consciência do que estão prestes a fazer e tendo o sim como resposta orienta que ao lado direito de quem entra, portanto a esquerda do sacerdote ficará a noiva, junto com seus padrinhos, e a direita do sacerdote e esquerda de quem entra ficará o noivo, juntos com seus padrinhos.
Após será solicitada que as pessoas que não tiverem impedimento, nesse caso, febre, menstruação, falecimento de pessoa em primeiro grau, entrem no peji, sendo que homens ficam a esquerda de quem entra e a direita do sacerdote e as mulheres ficam a direita de quem entra e a esquerda do sacerdote.
Crianças, idosos e doentes, tem trânsito livre.
Somente observando que as portas devem estar sempre desimpedidas, com livre acesso.
Tendo assegurado que os noivos estão por livre e espontânea vontade realizando o sacramento da união espiritual, é perguntado a eles se as pessoas presentes  são as pessoas que elas  desejam partilhar esse momento.
Nessa ocasião o sacerdote solicita a noiva que olhe seus convidados e diga que são os  escolhidos para estarem ali,    o noivo realiza o mesmo procedimento.
Isso feito começamos o sacramento sob o alá de Olodumarê.
De maneira a esclarecer os leigos e minimizar o preconceito quanto a religião dos Orixás uma breve explanação sobre o assunto é de fundamental importância, até por que o maior preconceito diz respeito aos sacrifícios e a quantidade de deuses, o que não é verdade.
Temos um Deus único, Olodumarê e suas manifestações de polarização, e os Orixás são seus emissários.
Nossa religião é operacional, atua ativamente através das energias.
O Batuque como é mais conhecido no Sul do Brasil, é um culto afro com influência sudanesa, onde são cultuados 16 Orixás de maneira geral.
Os Orixás são espíritos naturais, a própria encarnação da natureza.
Estes Orixás são: Bará, Xangô, Iansã, Obá, Nanã, Obaluaiê, Omulu, Ogum, Odé, Otim, Ossaim, Logunedé, Oxum, Oxumarê, Iemanjá e Oxalá.
Cada Orixá possui um segundo nome, como se  fosse uma classificação por idade ou até mesmo sua área de atuação. 
Existem ainda um terceiro nome que cada Orixá é identificado no jogo de Búzios, este nome passa a ser a identificação secreta, que cabe apenas ao Pai-de-Santo, ao filho e ao Orixá obviamente.
Assim como nomes, cada Orixá tem seu tipo de ave, seu tipo de animal de quatro patas e seu tipo de oferenda.
O Orixá sem ser em festas ou obrigações, rituais, se comunica com seus fiéis através do jogo de búzios, utilizando as mãos e intuição de um pai ou mãe-de-santo. O jogo de Búzios é a principal, eficaz e mais rápida ferramenta, de sabermos sobre o mundo, necessidades de homens e dos próprios Orixás, a fim de melhorar o andamento das coisas.
Toda pessoa ao nascer recebe um Orixá na cabeça, outro no corpo, este casamento de Orixás, da cabeça com o corpo, denominamos de Adjuntó, e em alguns casos nas pernas, pés e assim por diante, este Orixá é visualizado quando é jogado os búzios, que também ficará sabendo, normalmente neste jogo, se esta pessoa necessitará fazer alguma obrigação religiosa ou apenas um simples trabalho, não tendo que se comprometer mais a fundo com a religião.
Dentro do Ylê, encontramos uma verdadeira família, como as de padrão convencional. Em primeiro lugar encontramos o Pai ou Mãe-de-Santo, posição máxima, esta pessoa que através das ordens do seu Orixá de cabeça, organiza e aconselha a vida religiosa e muitas vezes material de seus filhos-de-santo, que são irmãos entre si, os irmãos-de-santo do Pai ou da Mãe, são os tios e assim por diante, como em nossa família.
O casamento espiritual é um ato de firmação dessa família, em que colocamos as energias das entidades espirituais a conspirar com duas entidades encarnadas que desejam seguir um caminho de redenção.
A religião não une corpos e sim espíritos determinados a seguir juntos pouco importa a opção sexual de cada um. Quero lembrar aos caminhantes que a injustiça que se faz a um é uma ameaça que se faz a todos.
Os homossexuais geralmente são agredidos, feridos pelo preconceito dos não estudiosos dos mistérios da energias dos orixás.
Essa atitude é errada, além de absurda, pois sendo filhos de Deus e nossos irmãos, eles não merecem descriminação.
Até por que é muito importante que espíritos não tem sexo tem manifestação de energia positiva ou negativa.
Se tudo que existe é obra Divina, devemos entender essas pessoas por este caminho.
A justificativa que nossa religião oferece [conceito particular ] para o fato de que algumas pessoas façam essa opção é que, em suas cabeças, em vez de haver em primeiro plano um orixá relacionado com o sexo da pessoa, existe um orixá com a energia oposta, convém ressaltar que a energia masculina é positiva e a feminina é negativa.
Tal influência feminina é mais que suficiente para fazer um homem agir de modo que lembre uma mulher. Como uma mulher agir de maneira á lembrar um homem.
Embora isso não seja uma lei absoluta para todos os casos dificilmente um homem não será homossexual se tiver como orixá principal qualquer tipo de Iansã, um dos tipos mais jovens e vaidosos de Oxum ou ainda alguns tipos de Iemanjá.
Sendo assim, esses indivíduos deverão ser tratados, respeitados, e aceitos como filhos dos "Santos" e não apenas como afeminados no caso dos homens ou masculinizadas no caso das mulheres.
Então, vendo a questão por este lado sem nos aprofundarmos no assunto, pedimos a nossos caminhantes na estrada da redenção que não julguem, nem condenem a obra de Deus, até por quê que condições temos de analisar ou indagar de modo crítico a obra do Criador, do G .'. A ' .' D.'. U '.' ?
Um breve suspiro e a pergunta novamente feita ao casal...
...vocês tem certeza que desejam realizar essa união em nome de Olodumarê?
O sim é repetido. 
-Convém frisar que toda vez em que empreendemos uma caminhada é óbvio que  durante o trajeto muitos serão os desafios, mas terão vocês a certeza que não estarão só.
A partir de hoje se oficializa a polaridade que atuará durante a jornada de evolução de vocês como entidades.
O amor que coroa, também crucifica.
Caminhante, jamais pode-se deixar o eterno amor enrustido no mais profundo do ser.
Não havendo amizade em um relacionamento, jamais haverá compreensão, confiança, solidariedade e perdão.
Observem bem que tudo é propriedade de grandes amizades.
É lógico que tudo isto são ingredientes necessários para uma amizade com pessoas de um modo geral, não apenas para um casal que esteja se relacionando.                     
No entanto, caminhantes, não acredito em amor sem ter estes tópicos evidenciados.                                     
A amizade forte, independe do bem ou mal momento vivido, amigo é "para estas coisas".
Não pode haver exigência de perfeição.                         
Aceitação carinhosa, reconhecida e auxílio para enfrentar e alterar para melhor as fraquezas, mas aceitando sempre o presente, aguardando e labutando o futuro, sempre consciente que faz parte dos bons amigos partilhar irritações, problemas, desapontamentos, pequenas e grandes vitórias.
Amizade no amor para construir, manter perpetuada a felicidade.
Vocês tem certeza que querem assumir um compromisso  de trabalho, aprendizado e humildade um para o outro?
Repetido o sim os casais passam pelo simbolismo da humildade, e na frente de seus convidados o noivo lava os pés da noiva e ela os pés do noivo.
A água da quartinha dos orixás com flores e perfume.
A caminhada é para frente e para o alto.
Deixando para trás a negatividade que atuava ....
Como a comida nociva... o pensamento mal dirigido ... convido nesse momento rasgarem as roupas antigas, bem como a quebrarem os utensílios que fizeram parte da vida de vocês e a partir desse momento o passado não existe e o futuro é o objetivo, mas temos que passar de maneira heroica o presente.
Quando o calor o do pensamento mal dirigido tomar conta do semblante, desfigurado pela amargura ou elo fogo das ideias negativas... vocês tem a obrigação de aplacar a tempestade do companheiro, companheira.
Simbolizamos essa passagem com o sacerdote passando no rosto dos noivos azeite de dendê.
Após é convidada a noiva a lambuzar os lábios do noivo com um quindim e após ele faz o mesmo procedimento.

Vocês  desejam estar juntos para se ajudarem em nome de Oxalá?
Tendo o sim como resposta...
Os padrinhos são convidados a circundarem os noivos e unidos pelo colar que liga os noivos, padrinhos e sacerdote, os noivos permanecerão ajoelhados um de frente para o outro.
A oração deve ser repetida pelos noivas...

Agelu....,Lebá..., Agô
Ao iniciarmos esta nova  jornada
pedimos  a Obatalá
Sua licença, o seu ago!
Que Iansã traga ventos com felicidade, fartura e amor!
Que Nãna com a sabedoria dos ancestrais, dignifique nossa postura moral e ética!
Que Omulu afaste a discórdia e o sofrimento espiritual!
Que Xapanã nos dê vida e saúde!
Que Odé nos dê fartura!
Que Logunedé proteja nosso lar para que seja  acolhedor e  referencia para todo caminhante sincero!
Que Ifá volte seus olhos para o caminho que ora vamos trilhar, estendendo sua proteção sobre todos os nossos  passos . Iluminando nossa mente..., nossa alma!
Que Ossaim oriente nossa estrada!
Que Orixalá esteja conosco para sermos fortes e capazes de suportar as lições que a estrada nos destina!
Que Xangô e Obá oriente as decisões que deveremos que tomar!
Que Ogum esteja a nossa frente para certificar de que estaremos  indo ao encontro das nossas  melhores opções!
Que possa nossa casa com a brandura de Oxum seja um poderoso lar para os filhos que Iemanjá colocou sob nossa proteção e os que podem vir!
Que possamos nessa nova jornada estar sob o manto branco, o ala de Oxalá!
Que Oxumarê mantenha fortalecida a união com o céu e a terra  e oriente nossas  ações e o comportamento daqueles, que podem influenciar nosso destino!
Olodumarê-Odudua dirijam a sua luz divina para nós, e para todos que partilham conosco esse momento, pois desejamos honrar nossa vida com fervor e a sabedoria de Euá, a disciplina de Oxaguiã sem perder a simplicidade e a doçura dos Eres, nem a responsabilidade que temos com Olodumarê motivada pelo nosso amor.
AXÉ!AXÉ!AXÉ!
Após realiza-se então a partilha dos doces com os convidados.
Após comerem, os pratos são quebrados e colocados a parte junto com as roupas rasgadas e pratos anteriormente quebrados. Simbolizando o rompimento com o passado.
Duas entidades buscando a evolução deixando para trás o passado e buscando a evolução futura.
Partilhamos por ser todos filhos de Deus um Deus, único que junto com sua dualidade feminina, concebe o filho para ser nosso Pai auxiliados pelos Orixás que por sua vez se utilizam de mentores para nos ajudaram a seguir pelos caminhos da vida, e em respeito a eles mais vale estarmos unidos em paz, respeito e livre de preconceitos, pela cultura religiosa que pela lei jurídica que obriga de maneira arbitrária, tendo em mente que o que é adquirido por merecimento é eterno e o que é imposto tem a duração de um suspiro.
O casal então une os dois buques de flores fazem um só enquanto ele amarra de maneira forte e grosseira ela amarra fazendo um laço, com meiguice.
Após as alianças são retiradas dos potes de mel e entregues a cada um, de maneira invertida.
Dois elos materiais manterão separados por corpos diferentes, mas unidos os elos espirituais, invisíveis estarão lhe mantendo unidos enquanto queiram e estejam materialmente ativos.
Quando os corpo se separem estará o vinculo material quebrado, no entanto o espiritual será eternizado alem fronteira espirituais.
Pela última vez é feita a pergunta sobre o desejo de união e tendo o sim como resposta, os noivos colocam as alianças.
Sob o Alá, enquanto o sacerdote entoa a reza do casamento louvando Oridé e Olorun, os noivos trocam três beijos na face e o comprimento tradicional com os ombros invertidos.
Ao darem saída do peji o beijo tradicional e a chuva de arroz...
Para muitos o melhor é a partir daí, e não vou negar que assim que folgar após o encerramento me vou para o salão tocar um gole de canha.
Tenho que referescar a guela, seca barbaridade.
E entre fotos e brindes os noivos e convidados varam a madrugada.
Eu...bem... me tapo de quero-quero e me vou pros braços da minha “negona” que me espera em casa.

    E-mail:rakaama@vetorial.net <==> Site: www.vetorialnet.com.br/~rakaama       http://rakaama.blogspot.com/  














Nenhum comentário:

Postar um comentário