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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Introdução

INTRODUÇÃO



....................
RAKAAMA
R118-K-P-M-
O vento foRte usa a areia fina para cortar, machucar, queimar meu rosto.
Meus lábios já em bolhas pela ação do sol...
CambAleio, falta-me forças para continuar.
Mas como continuar... para onde devo ir, ou melhor, para onde estou indo.
Não tenho nenhuma recordação de como cheguei aqui, não reconheço o loKal.
O vento assobia em meu ouvido de maneira ensurdecedora criando mais desorganização em meu interior, somando-se a dificuldade para andar, ouvir.
Abrir os olhos? Nem pensar, pois sinto a agressão da areia movida pelo vento castigAndo minha pele.
Se abrir os olhos, não sei o que pode acontecer, ou melhor, sei e não quero.
Tento buscar no fundo da minha mente o "por que" de estAr nesse local, seja onde for, ou pelo menos coMo vim parar aqui.

Não consigo identificar. Não consigo saber onde estou e nem a motivação para tal, no entanto, não estaria errado em crer ser o inferno que os católicos apregoAm.


Sinto uma claRidade maior através de meus olhos fechados, percebo que o barulho ensurdecedor do vento de súbito cessa.
Não mais sinto o flagelo no meu rosto.
Abro lentamente os olhos e limpo o rosto cheio de areia. Minha pele esta áspera, como se toda arranhada.

Olho a minha volta, mas não identifico o lugAr em que estou.
Não consigo lembrar de nada.
Existe um vazio. Um vácuo.
Lentamente consigo deslumbrar o local.
Deserto com certeza.

Areia fina, clara. Não vejo o sol, mas sinto seu calor, sua claridade.
O local é agora só silêncio.
Tudo estagnado. Somente minha mente agitada tenta buscar uma explicação. Mas me perco na conexão dos pensamentos.

Sinto um imenso vazio. Sentimento de perKa, mas não sei do que.
Como chuva balsâmica sobre as verduras de uma horta, meu rosto refresca com as lágrimas que rolam de meus olhos.
Reporto-me em pensamento para minha casa, fico imaginando a alegria se poderia dizer assim das flores que tenho no jardim, quando uso a mangueira e espirro água nelas, a tardinha, em dias de verão de sol forte.

É estranho, pois sinto as lágrimas caírem, verterem dos meus olhos ainda ardendo com o contato com o vento e a areia.
Sinto rolarem pelo rosto, mas quando tento toca-las não umedeço meus dedos, não entendo, não entendo o que esta acontecendo.
Sinto de súbito um calor insuportável pelo meu corpo.
Não sei se é interno, não consigo definir direito, meus pensAmentos se agitam, se misturam, não se tornam lógicos. Seria febre? Estou doente.
Não, aqui não é hospital, não reconheço este lugar.
Mas tenho a convicção que está mais claro, o ambiente estranho em que me encontro.
Olho ao redor, tentando achar algo familiar.
Uma base para me localizar e tentar entender o que esta acontecendo.
Minhas pernas estão tremulas, sim, eu as sinto bambearem, mas não consigo senti-las para domina-las e me manter firme, sem tremer.
Foge ao meu controle.

De súbito me vejo agachado.
Sei que é na areia, mas não a sinto.
Não sinto sua secura nem sua aspereza.
Deveria estar quente, acho, não, não sei mais nada.
Sem querer percebo que eu não estou fAlando. Simplesmente estou pensando. Pensando em tudo.

Não sinto necessidade de falar, e, a estas alturas não sei se conseguiria, pior, teria alguém para me escutar e me esclarecer?
Não... Para! Esquece! Esquece!
Tento reprisar meus últimos momentos antes deste que não consigo entender. Quem sabe retrocedendo comece a esclarecer, ligar os pontos, quem sabe, quem sabe.

Bem seu estava, eu estava, eu... mas coMo não consigo lembrar, eu não consigo juntar, eu... sinto uma brisa mais fresca soprando, olho na volta e noto que a o vento parece para mim suave, mas esta desfazendo alguns pequenos combros de areia, esta deixAndo amostra algo até então escondido pela força do vento que cobriu aquele local de areia, areia do deserto, deserto.

A brisa trouxe um ânimo inespeRado, como se fosse uma sopa revigorante de pinhão, numa noite fria, muito fria... o chão de areia batida, as cinzas do fogão a lenha, e do fogo de chão eram espalhadas e molhadas todos o dias, ficando duro como se fosse uma pedra de construção, mantinha o chão sem poeira mAs era muito frio, gelado.
Sentado em uma tora de madeira tomava um chimarrão, mexendo no braseiro do fogo de chão que mantinha com fogo alto para aquecer e para não encher de fumaça o ambiente. Cheiro bom, muito bom dos pinhões.
Dá trabalho fazer a sopa, mas é válido pelo prazer, pela energia pelo vigor.
Cozinhar os pinhões com casKa, cortados no bico em crus, descascar um a um, mas repito vale a pena é energia pura que afugenta o frio...não, aqui não....eu sinto o calor que parece aumentar de intensidade a medida que eu começo a pensar.
Sei que pareço louco, mas é verdade, é como eu soubesse o que esta acontecendo e a cada momento que eu chego perto da resposta eu sinto um calorão, calor de quAndo a gente diz uma mentira conscientemente e sabe que pode ser descoberto.
Sim é como se eu estivesse querendo mentir para mim mesmo.
Mas mentir sobre o que, para quem, para mim?
Não sei. É tudo muito confuso.
A brisa deixou descoberto o que a areia escondia. Lápides.
Sim, eu efetivAmente estava sentado sobre um túmulo e o local todo era uma espécie de cemitério no meio do... nada.
Eu estava sentado em cima de um túmulo desconhecido, nuMa terra do vazio.
Senti um calor apossar em mim.

Meu corpo fervia, acredito de pavor, talvez, e claro muita curiosidade misturAda com medo.


Eu reclamava da esteiRa, muito dura e esta desfiando. Comprei-a na beira da praia do Cassino, diga -se de passagem que é a maior praia do mundo em extensão. Maravilha, mas como estava dizendo, eu senti um desconforto, a música ainda esta presente em minha mente, lembro que era um noturno, ou seria,... ah não lembro, mAs sinto a presença da música sinto também o cheiro da essência de rosa musgosa, minha respiração diminuindo gradativamente, é preciso, faz parte do exercício, sinto um tremor e...
Todos os túmulos tinham escritas estranhas, em alguns tinham pequenas pedras deitadas sobre elas, mas todas tinham escritas que não entendia.
Olhei a que eu estava, também era como as outras, pedras comuns, com certeza, mas tinha uma no sentido vertiKal como as demais que estava algo escrito, mas a areia não deixava ver pois as letras eram esculpidas.

Sim era um cemitério, mas não como estava acostumado a ver.
Não tinha nenhuma cruz, capela, árvore,  sei lá.
Só areia, lápides, areia e areia.
Pensei em passar a mão na pedra que pArecia de mármore branco para limpar e ver o que estava escrito, desenhado, sei lá.
A esta altura não sentia mais medo, ou ele se transformara completamente em curiosidAde, que chegara em boa hora e muito necessária, porém involuntária, tão involuntária quanto a brisa que soprou no mesmo momento que desejei passar a mão na pedra.
Ficou desnuda as inscrições, que era das mesmas letras desenhadas dos outros túmulos. IncoMpreensível para mim.

Senti minha mão passando pela pedra de mármore como se meus dedos pudessem ler, me apAvorei, desejei...



O cachoRro não para de latir, acredito que alguém me chAmou, parece vós conhecida.
Não tenho a mínima vontade de sair desta esteira, sinto- me fraKo, ou seria preguiça?
Sinto a necessidade de escrever, mas o que?
Até aqui tudo bem, estou acostumado a começar a escrever de um nada. Mas agora parece diferente, sinto uma necessidAde de escrever, sinto palavras brotando de dentro de meu cérebro, estranhas.
Dane-se quem chama vou tirAr um cochilo, pois o exercício mental de hoje me deixou estranhamente cansado. Acho que exagerei no teMpo, vejamos, não, foram apenas sete minutos?

É, não da pAra entender.


Peguei a caneta. Fechei os olhos e vi uma pedRa de mármore, brAnca Komo leite. As letrAs eram em árAbes e não as entendo mas escrevo>: minha luz vem do gênio invisível da terra do vazio: RAKAAMA.

Não sei por que, ainda não sei Mas vou repousar, e como de costume, fecho os olhos e recito minha prece, quase inconsciente...

Senhor,
ao iniciar nova joRnada
peço a tua proteção
volta teus olhos para o cAminho
que ora vou trilhar
estenda a tua proteção sobre
todos os meus passos
ilumine a minha estrada
pois sempre que estás comigo,
sou forte e Kapaz de suportar
as lições que me destinas
orienta as decisões que deverei tomar
acompAnha-me e certifica-me
de que estarei indo ao
encontro das minhas melhores opções
faz com que minha jornAda
tenha sucesso,
SENHOR
governa as minhas ações
e o comportaMento daqueles
que podem influenciar o meu destino
dirige a tua luz divina
para este filho TEU
que ora com fervor
e é motivAdo pelo teu amor.
Que assim seja


Para sempre.-

Ou jafusi inanga.



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